domingo, 7 de outubro de 2012

Sobre a tecla ‘confirmar'


  As ruas, repletas de ‘santinhos’ e nas zonas eleitorais, as pessoas saindo. Alguns saem confiantes da escolha que fora feita, aspirando por um futuro muito melhor. E quem sabe boas reformas, melhores projetos, sensatez, sabedoria e honestidade.
  É o caso de Gideon Oberd Kunzler, que com olhos distantes, espera mais. Mais honestidade, mais trabalho, mais mudanças. “Votar é um dever cívico. E dos candidatos, espero mudanças radicais na cidade; espero realmente que cumpram com o dever”.
  Em contrapartida, há outros, que já cansados do histórico anterior, votam simplesmente por obrigação. Como o sorveteiro Jurandir Ferreira Borges, que sem medo afirma “Eu não entendo de política, voto porque preciso; por obrigação mesmo”.
  Conhecido como ‘Neco da Caixa’, fora convidado pelo vice-prefeito do seu partido a candidatar-se para vereador. Neco compara as eleições com um vestibular, cujo trabalho, é árduo. E sentado, espera confiante. “Fiz várias visitas, tive várias conversas, e ganhei muitos voluntários. Não desisti pela força que me deram, tanto no trabalho, quanto dos voluntários.”
  Enquanto para alguns o voto é algo bom, para outros não passa de uma mera escolha em quem pelos dados apurados esta ganhando. Há aqueles que levam os filhos – que saem sorridentes com o barulho da confirmação das máquinas, esperando desde pequeninos muito do representante que os pais escolheram –.

    Entre esperanças, desleixos e hipocrisias, a tecla soa, e a confirmação sobre o futuro da nação é feita.

  





quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Dos lábios de um povo hipócrita


 João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim que amava Lili, que não amava ninguém. 
  Roberval que rouba chocolate, Júlia que rouba corações, político que rouba o dinheiro da população. E você?
  Corrupção e hipocrisia caminham lado a lado nos lábios de um povo que tenta ofuscar de alguma maneira a sua própria corrupção. Seja política, sentimental ou ética. Mas eis aqui uma revelação: segundo o dicionário de Língua Portuguesa Aurélio, corrupção é o ato ou feito de corromper-se; depravação; suborno; alteração; sedução. Ou seja: a fila que furou; a funcionária que subornou; a assinatura que falsificou; o próximo que culpou: CORRUPÇÃO.
  Não tiro a culpa dos políticos, mas até quando a população vai continuar culpando, fazendo o mesmo? Reclamando, mas em época de eleição vendendo votos? Até quando a população vai continuar cega?!
  E agora senhores, é justo falar de boca cheia, escarrando hipocrisia?